sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Profissões desaparecidas


O mercado de trabalho evolui e com a "ajuda" das novas tecnologias, existem muitas profissões que acabaram por desaparecer. Longe vão os tempos em que uma pessoa tinha uma determinada função na sociedade.

Actualmente e, apesar da falta de emprego, uma só pessoa desempenha o trabalho que antigamente era realizado por duas ou três. Retenção de custos e despesas, cortes nos funcionários devido aos baixos lucros, são várias as razões para que algumas profissões deixem de existir. No entanto, a função em si continua a ser desempenhada por alguém, seja por uma fábrica ou por uma simples máquina.

No projecto de revisão da Classificação Nacional de Profissões (CNP), profissões como governanta, lavadeira manual, ou dactilógrafo são consideradas extintas, já que não vão fazer parte da nova CNP a publicar em 2008. De acordo com os especialistas, o desaparecimento de algumas profissões está relacionado com a evolução dos tempos e da própria sociedade.

Para além disso, as novas tecnologias permitem realizar o trabalho que outrora era desempenhado por pessoas. É, por exemplo, o caso das lavadeiras. Actualmente, as máquinas de lavar e secar roupa fazem o trabalho destas profissionais - é mais prático e mais económico.

As fábricas e as indústrias também são responsáveis pelo desaparecimento de várias profissões. A "maquinização" dos trabalhos que eram realizados manualmente, veio facilitar o desempenho dos profissionais, mas por outro lado, veio também reduzir o número de postos laborais.

Existem outras profissões que sofreram algumas transformações, enquanto outras são assimiladas por profissões já existentes. Salienta-se ainda, o facto de a actualização da CNP exigir muito trabalho por parte dos técnicos ligados a esta revisão.

Em entrevista à "Agência Lusa", Ana Campos, técnica superior do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) referiu que "no projecto de revisão da CNP em curso, as profissões consideradas extintas ou em vias de extinção são aquelas que existiam na classificação de 1994 e que entretanto deixaram de existir no mercado de trabalho". Para descobrir novas profissões, ou profissões extintas, os técnicos têm de analisar o mercado de trabalho, entrar em contacto com empresas, associações e sindicatos para o trabalho de pesquisa. Esta pesquisa pode revelar resultados complexos, quando, em alguns casos, as profissões não acabaram, mas aglomeraram-se a outras, sendo difícil encontrá-las ou defini-las.

Ana Campos afirma "estou a recordar-me da profissão de dactilógrafo, que entre outras coisas, escrevia cartas. Esta profissão alterou-se e agora é designada por assistente administrativo.", isto é, a função não deixou de existir, mas juntou-se a outras funções desempenhadas por outra pessoa que não o dactilógrafo. No que diz respeito às novas profissões, o web designer ou o osteopata são algumas das profissões que já existem há algum tempo, mas que não constavam da CNP de 1994 por serem mais recentes.

Quando surgem novas profissões é necessário traçar os seus perfis e delimitá-las bem para que não se confundam com outras já existentes. Antes de serem consideradas profissões, as funções são analisadas para se saber se essa função já é desempenhada por outro tipo de profisional.

Como se pode observar, trata-se de um trabalho bastante complexo que exige muita perícia e pesquisa por parte dos técnicos responsáveis pela elaboração da CNP.


Fonte: Agência Lusa e Edições Dashöfer. Publicado em New@This por Nuno Batista.

Plano para salvar Portugal da crise


Recebi um daqueles e-mails de palhaçada com um texto engraçado contendo um plano, muito simples, para salvar Portugal da crise e passar a ser a primeira potência económica mundial.
Tudo isto em apenas 12 passos:

1.º Passo:
Trocamos a Madeira pela Galiza, com a condição dos espanhóis levarem o Alberto João. Os espanhóis vão na onda (a Galiza só lhes dá chatices) e aceitam. Nós ficamos com os galegos (que nos adoram) e com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário). A indústria têxtil portuguesa é revitalizada, enquanto a Espanha fica encurralada entre os Bascos e o Alberto João.

2.º Passo:
Desesperados, depois de verem que fizeram um mau negócio, os espanhóis tentam devolver a Madeira (e Alberto João). A malta, obviamente, não aceita. Em verdadeira aflição os espanhóis oferecem também o Pais Basco. Mas a malta mantém-se firme e não aceita.

3.º Passo:
A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados, os espanhóis oferecem-nos a Madeira, o Pais Basco e a Catalunha. A contrapartida é termos que ficar com o Alberto João e os Etarras. A malta arma-se em difícil, regateia, mas acaba por aceitar.

4.º Passo:
Damos a independência ao País Basco, com a contrapartida deles ficarem com o Alberto João. A malta da ETA pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar. Sem o Alberto João a Madeira torna-se um paraíso. A Catalunha não causa problemas (no fundo, no fundo, são mansos).

5.º Passo:
Afinal a ETA não aguenta com o Alberto João, que entretanto semeia o terror e assume o poder. O País Basco pede insistentemente para se tornar território português. A malta, fingindo grande sacrifício, aceita (apesar de estar lá o Alberto João).

6.º Passo:
Proibimos o Carnaval no País Basco, o que leva o Alberto João a emigrar para o Brasil.

7.º Passo:
Pouco tempo depois da chegada do Alberto João, o Governo brasileiro pede para voltar a ser território português. A malta aceita e manda o Alberto João retornar à Madeira.

8.º Passo:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses (e apesar do Alberto João), Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!

9.º Passo:
Alberto João enfraquecido pelos festejos do Carnaval na Madeira e Brasil, não aguenta a emoção, e morre na miséria, esquecido de todos.

10.º Passo:
Os espanhóis, desmoralizados, e económica e territorialmente enfraquecidos, não oferecem resistência quando mandamos os poucos que restam para as Canárias.

11.º Passo:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.

12.º Passo:
A dimensão extraordinária adquirida por um país que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico, de uma costa à outra e de norte a sul. Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma pesada sobretaxa por termos de trocar os dólares em euros, constituindo assim um verdadeiro bloqueio naval que os leva à asfixia. Os americanos tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes o Alberto João (que eles não sabem que já morreu). Perante tal prova de força, os americanos capitulam e nós tornamo-nos na primeira potência mundial.

Como vêem, é fácil.
Vamos salvar Portugal! :)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O design pode marcar a diferença


O mundo está em constante mudança e é necessário encontrar respostas para os desafios futuros - novos problemas exigem novas formas de agir. Daí que o incentivo à criatividade e à inovação tenha sido uma constante na realidade na vida de uma grande parte das empresas.

Para se vender um determinado produto é essencial apostar em novas estratégias que ajudem na promoção do artigo que se quer vender. De acordo com o Diário de Notícias, as organizações que se querem diferenciar, têm de investir no design do produto. Manuel Pereira, director-geral da Santa Fé Associates, consultora de branding, afirmou ao Diário de Notícias que "O design pode bastar para vender um produto".

No entanto, existem alguns tipos de produtos que não precisam sequer de publicidade, visto que "o design é a primeira forma de comunicação e a marca é, em primeiro lugar, um produto de design". É o caso do iPOD, pois as propostas apresentadas comunicam esteticamente por si só.Actualmente, é a diferença que faz sucesso: o próprio telemóvel passou de um simples meio de comunicação a um acessório de moda. Tenhamos como exemplo o telemóvel Motorola Razr V3i que, em parceria com a Dolce & Gabbana, já vendeu milhões.

Para Pedro Reis, director de marketing da Motorola em Portugal, o design "estabelece uma linha emocional que faz desejar ter algo. É o que determina a diferenciação e que permite conquistar outros nichos de mercado".

Nos tempos de hoje, para ter sucesso no mercado da concorrência, os produtos têm de ter algo a acrescentar, não basta ser iguais aos que já existem. Originalidade e criatividade são importantes e, tal como o design, são os responsáveis por uma grande parte das vendas. Obviamente que o design de um produto deve estar associado à sua funcionalidade para que o sucesso seja garantido. Não basta ter um produto com um excelente design, se depois não é funcional para o público.

Beatriz Vidal, designer e vice-presidente do Centro Português de Design, salienta que o automóvel é um produto para o qual o elemento estético é essencial "Tem de haver funcionalidade, mas por vezes a decisão é emocional."

As emoções e as sensações influenciam o poder de compra dos consumidores e por isso as organizações devem dar mais valor ao aspecto estético do produto que estão a promover, dado que as suas características funcionais já não são suficientes.


Publicado em New@This por Nuno Batista.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Coaching: o que é?


Uma prática muito comum nas organizações modernas de hoje é o Coaching!

Coaching, significa treino: essa é a tradução directa. O conceito foi importado do desporto e passou rapidamente para o contexto das organizações. Neste contexto, coaching significa treinar alguém no desenvolvimento de competências comportamentais.
Uma definição sucinta pode ser a seguinte: o coaching "é um processo que converte as situações de trabalho em momentos de aprendizagem, de uma forma planeada e acompanhada".
Trata-se de uma ferramenta fundamental para os gestores actuais, com níveis imediatos ao nível do Retorno sobre o Investimento, uma vez que lhes permite, por meio da ajuda do seu coach (treinador) gerirem e liderarem de uma forma mais eficaz as pessoas que os rodeiam, o seu trabalho, a sua empresa e/ou a sua carreira.

O coach funciona como um conselheiro individual e mantém, quer com a organização, quer com aqueles com faz pratica coaching, um código de ética, com base que se baseia em compromisso, carácter e cooperação.
O perfil de um coach é, antes de mais, o perfil de uma pessoa com altos níveis de bom senso e experiência. Contudo, isso não é suficiente. O coach compreende e respeita as diferenças individuais, característica sem a qual os juízos de valor e os julgamentos morais se tornam inevitáveis. Isso deve ser evitado: o coach não julga e/ou critica. Ajuda.
Depois, é uma pessoa que gosta de se relacionar com os outros, obviamente. Sem a apetência pelos relacionamentos interpessoais, a sua tarefa seria uma estafa! Além disso, o coach tem uma fantástica capacidade de escuta porque, na realidade, as sessões de coaching são momentos de comunicação e a ausência desta característica num coach traduz-se em perda de vigor do processo.
E finalmente, o coach é uma pessoa em quem confiamos: sabemos que o coach não usaria a informação recolhida ou a vulnerabilidade do seu "cliente" para proveito próprio ou em prejuízo alheio. A confiabilidade é uma peça fundamental de todo o processo e uma característica imprescindível do coach.

Internet: Aumente a segurança dos seus filhos

A Internet é uma ferramenta importante para o desenvolvimento dos seus filhos, mas convém não esquecer que paralelamente a todos os seus benefícios, a Web tem também perigos para os mais novos.
Existem algumas ferramentas disponíveis para controlar o acesso, mas é o papel dos pais e o acompanhamento que estes fazem às "visitas" dos filhos que pode fazer a grande diferença.

Aqui ficam alguns conselhos:

Escolher os sites que os mais pequenos podem visitar
Como já foi dito, os pais devem acompanhar a actividade dos filhos na Internet. Deste modo, escolher alguns sites de utilidade para crianças pode ser o primeiro passo para a segurança. Sugira-lhes sites de interesse, e lembre-se de verificar se não recolhem informações pessoais.
A Microsoft dispõe de várias ferramentas que podem bloquear o acesso a determinados conteúdos. O recente Windows Vista tem um conjunto de funcionalidades bastante aprofundado que garante uma maior segurança dos mais novos, ajudando os pais a acompanhar as actividades dos seus filhos.
Outro software é o Windows Live OneCare, que ajuda a filtrar informações baseadas na idade das crianças, de modo a protegê-las de conteúdos inapropriados para a sua faixa etária. Existem ainda controlos para a Xbox que impedem as crianças de acederem a jogos desajustados para a sua idade ou verem DVDs inadequados.

Crie uma conta de utilizador específica
Tanto o Windows XP como o Windows Vista possuem uma ferramenta para a criação de diferentes contas de utilizadores. Assim, poderá criar uma para si e outra para os seus filhos, definindo as características em conformidade com cada um dos utilizadores.
Para além de adequar o perfil às características dos seus filhos, pode também proteger-se a si e aos seus documentos, uma vez que ao impedir os mais pequenos de acederem à sua conta está a evitar que por lapso estes possam apagar dados importantes.

Consulte o histórico dos sites visitados
Apesar de ser aconselhável estar presente nas "viagens" dos seus filhos à Internet, nem sempre é possível estar por perto. Mas pode acompanhá-los recorrendo ao histórico dos sites visitados. Para isso, no menu do Internet Explorer clique no ícone Histórico e veja os sites por onde os seus filhos navegaram. Clique em cima dos links e veja o conteúdo desses sites.

Aconselhe-os a não falar com estranhos
A Internet é um caminho perigoso para os mais pequenos. Muitas pessoas mal intencionadas aproveitam-se do anonimato que a Web lhes confere para se aproximarem das crianças. Dê bons conselhos aos seus filhos. Diga-lhes para não falarem com estranhos em salas de chat e para não utilizarem nomes completos no "nick". Lembre-os também de não divulgarem números de telefone e fotografias.


Fonte: Edições Dashöfer. Publicado em New@This por Nuno Batista.

Existem empresas que não usam computador

Na era das tecnologias de informação pode parecer estranho que ainda existam empresas que não utilizam computadores. Mas é verdade.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de utilização de computador das empresas portuguesas com dez ou mais trabalhadores era de 94,6% em 2006. O que significa que uma em cada vinte empresas não usa computador. A taxa sobe para 6,2% nas empresas que têm entre 10 e 49 trabalhadores. Avança o Diário de Notícias.

Para quem usa diariamente o computador, estes dados parecem irreais, dado que as novas tecnologias têm o poder de facilitar o nosso trabalho em todos os aspectos: arquivo, comunicação, cálculos, bases de dados, etc.

O e-mail é uma das ferramentas mais utilizadas por quem lida constantemente com o computador - poder enviar mensagens em tempo real, enviar ficheiros ou documentos urgentes são as vantagens deste meio, visto que pelo correio tradicional demorariam entre um a dois dias se fosse para território nacional ou mais se fosse para o estrangeiro.

No estudo do INE, o correio electrónico é utilizado por 84% das empresas com 10 ou mais trabalhadores (esta percentagem atinge 100% nas empresas com mais de 250 trabalhadores).

No que diz respeito ao acesso à Internet, 83% das empresas possui ligação, embora somente 35,5% possuam um website, o que actualmente não é muito positivo para o marketing da organização: tudo o que existe está na Internet, é neste meio que as empresas se dão a conhecer. Daí que estar na Internet é um passo para o sucesso.

A tecnologia mais utilizada no que se refere à ligação à Internet é a DSL: 63,3% das empresas que acedem à rede, recorrem a este tipo de ligação, enquanto o modem analógico é utilizado por cerca de um quarto das empresas com ligação à Internet.

Se analisarmos a utilização das novas tecnologias de acordo com os sectores existentes, a pesquisa conclui que as ligadas à Construção apresentam as menores percentagens de utilização de tecnologias: 76% utilizam computador; aproximadamente 69% utilizam e-mail; cerca de 70% acedem à Internet e apenas 17% têm website.

Publicado em New@This por Nuno Batista.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Transmarketing = marketing + relações públicas


O Transmarketing tem como principal finalidade fazer a ligação entre dois objectivos fundamentais para o funcionamento das empresas: por um lado tentar vender os produtos ou serviços através de esforços de marketing e de boa apresentação desses mesmos produtos e, ao mesmo tempo, procurar, através das relações públicas, as motivações que facilitam um bom relacionamento com os consumidores.

Waldyr Gutierrez Fortes, autor do livro "Transmarketing: estratégias avançadas de relações públicas no campo do marketing", salienta que não basta apenas cada uma destas funções fazer o trabalho da outra. O fundamental para a obtenção dos resultados desejados é fundi-los, mas sem esquecer nenhuma das partes.

É preciso reforçar as relações entre marketing e relações públicas de forma a aumentar e aprimorar o conhecimento que a empresa tem do seu mercado. Contudo, tanto uma como outra área tem diferentes responsabilidades e funções que não podem ser esquecidas na tentativa de criar uma só força de acção.

Num artigo publicado no portal brasileiro de Relações Públicas e Transmarketing, a jornalista Viviane Pacheco refere que devem manter-se os esforços do marketing, centrados no processo de comercialização, e a preocupação das relações públicas, em vários segmentos da empresa e nos consumidores.

Segundo Waldyr Gutierrez Fortes, para conseguir aplicar o Transmarketing, as empresas têm de tomar a decisão de respeitar as questões de interesse público, que vão desde os seus funcionários, passando pela concorrência, até chegar aos interesses dos consumidores.


Fonte: Edições Dashöfer. Publicado em New@This por Nuno Batista.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Nuno Batista: about me


Nunca é tarde para fazer uma apresentação formal dentro do nosso próprio blog.

Assim, aproveitando o extraordinário veículo de informação que é a internet, dou-me a conhecer ao mundo.

O meu nome é Nuno Batista, sou Sales Manager na Techtronic Industries Iberia, pós-graduado em Marketing e licenciado em Economia. Tenho 7 anos de experiência profissional nas áreas de Marketing e Vendas.

Sou um networker em vias de desenvolvimento. Podem consultar os meus perfis em:




Visitem o meu blog New@This em http://nbnewatthis.blogspot.com/. É um blog que aborda diversas temáticas, nomeadamente Marketing, Economia, Gestão e Actualidade. Navegue e deixe o seu comentário.

Powered by Nuno Batista.

Pressão no local de trabalho pode levar à depressão


De acordo com um estudo realizado por especialistas ingleses e publicado na revista Psychological Medicine, as actividades profissionais mais desgastantes aumentam a probabilidade de o profissional vir a sofrer de depressão.

A pesquisa contou com a participação de mil pessoas, todas com 32 anos e concluiu que os novos casos de depressão que foram aparecendo no grupo observado, eram resultado da pressão vivida no trabalho. Para os autores do estudo, um trabalho stressante consiste num grande volume de trabalho, em trabalhar horas extraordinárias, em ter prazos rígidos, onde o profissional tem de alterar a sua vida pessoal para corresponder às expectativas da empresa.

Para além disso, o estudo alerta para o facto de a entidade patronal ter de estar mais atenta à saúde mental dos seus colaboradores. Não basta apostar na saúde física dos trabalhadores, pois cada vez mais, as pessoas são vítimas do excesso de trabalho e dos horários rígidos.

Devido à necessidade de manter um emprego e de progredir na carreira pode levar a que muitas pessoas se submetam a actividades bastante stressantes que podem colocar em causa a sua saúde.

Dos entrevistados, 14 por cento das mulheres e 10 por cento dos homens que trabalham, sofreram uma primeira crise de depressão ou ansiedade aos 32 anos. Para a coordenadora do estudo, Maria Melchior, epidemiologista do MRC Social, Genetic and Developmental Psychiatry Centre do King's College London, este facto prende-se com a ideia de que os mais jovens querem afirmar-se na sua profissão e, como tal, acabam por se sujeitar a todo o tipo de pressões.

As profissões dos entrevistados para o estudo eram diversificadas: cirurgião, jornalista, polícia, professor e piloto de helicóptero são algumas delas. O especialista em psicologia e saúde Cary Cooper, da University of Lancaster, baseado nos resultados do estudo afirma que as pessoas devem trabalhar com mais flexibilidade estarem menos horas fechadas nos escritórios.

Nos Estados Unidos, por exemplo, existem muitas empresas que apostam no trabalho feito a partir de casa: o gestor, através das novas tecnologias, faz o seu trabalho em casa e dirige-se à empresa apenas para reuniões ou em casos pontuais.

Verificou-se que nestes casos a qualidade de vida melhorou.


Fonte: Edições Dashöfer, adaptado para New@This por Nuno Batista

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A sombra de "yes, minister": máquina fiscal


O mandato do Dr. Paulo Macedo como director-geral das Contribuições e Impostos foi celebrado unanimemente como grande êxito. Inicialmente famoso pelo salário elevadíssimo de quadro do BCP requisitado para o cargo, tornou-se depois conhecido por pôr o sistema fiscal a funcionar. Mas ainda não foi bastante celebrado pelo grande mérito de demonstrar a ineficácia do aparelho estatal, mesmo quando é eficiente.

Cobrar impostos é, antes de mais, um problema informático. No centro está uma base de dados, enorme mas elementar, que deve ser bem concebida e alimentada. Uma vez operacional, existem ainda inúmeros problemas de leis, regulamentos, excepções, protestos, aldrabices. Mas sem ela nada feito. Isto foi compreendido há mais de 20 anos e desde então sucessivos ministros, secretários de Estado e directores-gerais tentaram, sem sucesso, pôr a máquina a funcionar. Ainda falta fazer muita coisa, mas com Paulo Macedo a máquina funcionou. Por que razão esses excelentes profissionais falharam durante 20 anos? Porque se conseguiu agora?

O problema não é má qualidade dos funcionários. Paulo Macedo é o primeiro a dizê-lo: "Fui surpreendido pela positiva com as pessoas, com as possibilidades de realização e com a generosidade com que me acolheram. Vindo do sector privado, confesso que não imaginava a quantidade de pessoas de qualidade e com vontade de fazer melhor, num contexto difícil de redução de regalias e com uma média etária elevada." (Expresso, 4 de Agosto).

A questão é muito mais funda que o valor dos profissionais. Nos mais de 700 mil servidores do Estado há parasitas, carreiristas e incompetentes. Mas há também funcionários inteligentes, dedicados, briosos e eficientes. Aliás, apesar dos enormes disparates recentes de governos e sindicatos, este segundo conjunto ainda deve ser muito superior ao primeiro. Mesmo assim, como se viu, o sistema só funcionou sob um gestor externo.

A razão é fácil de entender: "Um dos factores que contribuíram para o meu desempenho foi o facto de eu ser um gestor profissional, com uma actividade para onde podia voltar a qualquer momento. A questão foi sempre colocada como uma questão monetária, e obviamente que a questão monetária é muito importante, mas claramente muito mais importante é a minha independência" (ibidem).

Paulo Macedo não tem carreira no Estado. A sua vida não depende de ministros e directores-gerais. Não terá de trabalhar com os colegas atingidos pelas suas decisões, não concorrerá com eles para as limitadas promoções. Paulo Macedo, sendo exterior, teve o seu trabalho vigiado de perto e foi avaliado pelo sucesso numa tarefa concreta. Os funcionários com quem trabalhou mergulham no anonimato, dependem de regras automáticas e avaliações invejosas. Não vivem de uma tarefa, mas de uma reputação, onde sucessos demasiado vistosos até podem ser prejudiciais.
Um gestor bancário existe para resolver problemas. Mas um funcionário que resolva um problema extingue o posto de trabalho. A administração pública está montada para servir o Estado, defender a lei, justificar-se, durar. Não é defeito, é feitio. Há mais de 20 anos que a clássica série da BBC Yes, Minister explicou isso muito bem.

Contratar a peso de ouro um gestor bancário para a tarefa foi um golpe de génio e um acto de grande coragem da dr.ª Manuela Ferreira Leite. O resultado poderá vir a revelar-se uma das mais influentes medidas na nossa máquina fiscal. Mas é, desde já, a mais abjecta confissão de incapacidade. Este grande sucesso na reforma da administração pública mostra a sua impossibilidade.

O Governo aposta na restruturação do funcionalismo para promover o que Paulo Macedo já lá encontrou: competência, profissionalismo, dedicação. Se funcionarem, essas medidas criarão uma administração mais avaliada, capaz, empenhada. E igualmente inoperante. Porque métodos de gestão empresarial só funcionam com gestores empresariais.

Pena que o Estado português tenha compreendido isto não nos serviços que nos são úteis mas naquele que nos vem ao bolso.


Texto de João César das Neves (professor universitário), publido em New@This por Nuno Batista.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Fidelização


Para algumas empresas, o aspecto mais importante é a produção do produto/serviço em si. Isto é, dão mais relevância ao produto e às suas vendas, esquecendo-se que, afinal, os consumidores/clientes são os protagonistas do sucesso de um negócio.

Já vai longe o tempo em que as empresas tinham como certas as vendas dos seus produtos.

Actualmente e, com o evoluir dos tempos, apareceram novas empresas e novos produtos, criando um mercado concorrencial bastante forte. Por outro lado, face ao leque de escolhas que têm, os consumidores também estão mais exigentes. Daí a necessidade de as empresas focarem a sua atenção nos clientes ou nos potenciais clientes.

Para estar à frente no mercado, as empresas têm de dar ao cliente aquilo que ele deseja ou precisa. Para isso, é importante a realização de análises de mercado e de estudos do perfil dos consumidores.

Assim e após cativarem o cliente, é imprescindível manter esse cliente fiel à nossa marca. Uma grande parte dos empresários não sabe manter os clientes: desenvolvem-se campanhas de marketing para atrair novos clientes e os que já o são ficam esquecidos e são dados como adquiridos - o que por vezes, nem sempre acontece.

Face ao desligamento da marca, os consumidores tendem a procurar outra imediatamente, sem qualquer receio. Mais importante que angariar mais clientes, é conseguir manter os que já confiam em nós.

Prémios, brindes, descontos, etc, são formas de manter o cliente próximo dos nossos produtos. Obviamente que, apesar de todas as ofertas, os produtos/serviços vendidos não podem descurar na qualidade nem na necessidade do cliente. Pode parecer que investir na realização de um programa de fidelização é demasiado complexo e dispendioso.

No entanto, basta apostar num bom relacionamento entre a empresa e o cliente (bom atendimento, disponibilidade para reclamações e sugestões, etc) para que a relação comercial dure para sempre.

Boas vendas!


Fonte: Edições Dashöfer, adaptado por Nuno Batista

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

As empresas e o serviço de pós-venda


Uma grande parte das empresas concentra todos os seus esforços na venda de um determinado produto ou serviço: vários investimentos, muitas estratégias de marketing, tudo em função do aumento das vendas.

Imaginemos que tudo corre bem e o departamento de vendas da sua empresa alcança bons resultados.

Qual é o próximo passo?
É nesta etapa que muitas empresas "pecam".

Isto porque, o sucesso das vendas de um determinado produto não garante a fidelização do cliente em vendas futuras de outros produtos que a organização venha a comercializar.
É necessário apostar no pós-venda: só porque houve consumidores a comprarem o produto X, não significa que venham a comprar o Z ou o V - não temos essa garantia. Vender uma vez, não representa vender sempre, nem satisfazer sempre o cliente com os nossos produtos/serviços.

Actualmente, o mercado está muito competitivo e é fácil para o cliente encontrar um produto semelhante noutra empresa da concorrência. Por isso, depois das vendas há que continuar a cativar o cliente e estabelecer uma relação com ele.
No pós-venda, a empresa deve conhecer a opinião do cliente em relação ao produto adquirido e aceitar sugestões em relação à criação de um novo produto. Deve interagir com o cliente para que a organização possa perceber onde errou e o que precisa de corrigir.

A fidelidade do cliente depende sobretudo do feedback que obtém da empresa: é essencial saber ouvir as reclamações e aceitar as críticas.
Para além disso, quando há erros cometidos que são apontados pelos clientes, estes devem mesmo ser corrigidos - os clientes vão ficar satisfeitos ao saberem que a sua opinião foi importante para a empresa. Estabelecer contacto com os seus clientes, vai ajudar a empresa a obter novas ideias e a conhecer melhor o público-alvo.
Por isso, não pense que a sua estratégia de marketing acaba na venda dos produtos.
A verdadeira estratégia começa após as vendas.

Fonte: Edições Dashöfer, adaptado por Nuno Batista