sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O que se passa no grande consumo em Portugal?


Os gastos por lar em Portugal cresceram 5,5% no primeiro semestre deste ano, face ao homólogo de 2007, o que corresponde a um aumento em 65 euros.

Segundo o estudo "O que se passa no grande consumo em Portugal?", apresentado dia 24 de Novembro de 2008, em Lisboa, pela TNS Worldpanel, o aumento dos preços altera on consumo dos lares, mas não evita o aumento dos gastos.

O orçamento é cada vez mais dedicado à alimentação e, durante os primeiros seis meses do ano, as famílias portuguesas passaram a ir a mais insígnias à procura dos melhores preços, precisamente a primeira preocupação dos europeus (37%). Em média, cada lar visita quatro insígnias da distribuição moderna. Mais idas às compras, significam mais cestas pequenas e menos carros grandes de produtos.

No sector têxtil, os portugueses têm evitado ir às lojas, verificando-se menos 408 mil indivíduos compradores no período em análise. Os portugueses pensam mais antes de comprar e reduzem em seis euros o gasto em cada compra. Por outro lado, em cada acto de compra efectuado, verifica-se mais 8,3% de artigos comprados. Os hipermercados estão no Top 5 em volume.

Relativamente aos combustíveis, registou-se um consumo de menos de 18 milhões de litros de gasolina em Portugal, menos 218 mil compradores e 998 mil abastecimentos. A quota de mercado dos postos de abastecimento dos hipermercados no primeiro semestre já foi de 19% do volume total de abastecimentos.


Publicado em New@This por Nuno Batista.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lazer é a grande tendência de consumo

10 palavras-chave que muito vai ouvir falar nos próximos tempos e que tentam adivinhar o destino dos hipermercados a médio-prazo.


O acaso faz parte da vida das empresas, nem tudo é previsível: a crise está a instalar-se confortavelmente e ninguém sabe ao certo por quanto tempo. É preciso trocar-lhe as voltas e os operadores da distribuição moderna tentam adivinhar como serão as grandes lojas num futuro próximo, com base num conjunto de tendências de mercado. Mas, sem esquecer o acaso.
Os hipermercados são o formato comercial mais afectado pela crise financeira. Quem o diz é Isabel Dias Costa, responsável da Sonae Distribuição, por ocasião do Congresso da APLOG (Associação Portuguesa de Logística). A poupança é a tábua de salvação dos consumidores para fazer face ao avolumar das despesas: as compras mensais dão lugar às diárias ou semanais e os sacos de plástico circulam cada vez mais magros.
E quem ganha com a transferência de consumo são as lojas de proximidade.
Na estratégia de concepção de novos espaços, os operadores tentam combater aquelas adversidades mas também conferir de novo ao hipermercado as honras de loja de compras por excelência, um estatuto que este formato ostentou durante anos em Portugal, até ao boom dos centros comerciais. Fixe estes dez conceitos que muito vai ouvir falar nos próximos tempos, segundo Isabel Costa.

LAZER
O lazer vai ser a grande tendência de consumo e o motor de crescimento do próximo ano, revelou Isabel Dias Costa. Mas, como adaptar este conceito ao hipermercado? “Fazendo com que o consumidor se sinta confortável na loja. Aplicar o lazer no acto de compra”.
“Há poucas soluções de lazer para adulto, dentro e fora das lojas, e este vai ser um grande mercado de crescimento”. O sector de lazer para crianças também se vai dinamizar. O segredo é criar “espaços próprios dentro da loja dedicados à cultura e ao lazer que potenciem a emoção e a surpresa”.

PREÇO
O preço já é e vai continuar a ser um dos factores mais importantes. As lojas têm de oferecer valores para todos os orçamentos familiares. O elevado nível de endividamento das famílias e a subida das taxas de desemprego têm forte impacto no consumo.

SORTIDO
A população está a envelhecer. Mais de 45% dos consumidores europeus esterão acima de 50 anos em 2010, estima Isabel Dias Costa. Este facto tem influência na definição de novos espaços mas também no sortido e packaging.
Ana Cláudia Sá, responsável da Unilever Jerónimo Martins (JM), dá um exemplo: “O envelhecimento faz com que os consumidores leiam pior. É preciso desenvolver embalagens que respondam a esta necessidade. Apoiar o cliente na compra”.
Para além disso, a responsável da JM salienta o crescimento dos mono-lares, fruto do aumento do número de divórcios. “É preciso conceber formatos mais pequenos”.

GOURMET
Em três anos, este sector tornar-se-à “muito forte”, assegura Isabel Costa. Há momentos em que o mesmo consumidor que adquire, regra geral, os produtos mais baratos está disponível para investir em refeições mais requintadas, no fim-de-semana, por exemplo.

ECO-FRIENDLY
Os biológicos vão ganhar expressão. A exposição apelativa dos produtos é fulcral. “Os perecíveis devem ser exibidos sem embalagens. Ou seja, montar no teatro de venda um verdadeiro mercado que remonte à compra tradicional na praça. O consumidor quer conhecer a origem dos alimentos. É essencial destacar o produtor. “Traz valores de emoção e paixão e estabelece relações de envolvimento entre o acto de consumo e o ponto de venda”, explica a responsável da Sonae. O consumidor gosta do que é novo mas também do tradicional, pelo que a regra de ouro é conjugar as mais recentes tecnologias com os métodos tradicionais de exposição.

HEALTH-CARE
Este sector vai continuar a dar cartas: prestação de serviços de saúde, beleza e bem-estar em espaços demarcados dentro da loja, com venda assistida. Mas, o grande destaque vai para a nutrição. ” Um diabético ou celíaco tem de encontrar o que precisa dentro do hiper”.

FOOD TO GO
A área de refeições rápidas, em contínuo crescimento, apresenta novidades: a procura de conceitos diferentes e saudáveis, como, por exemplo, sabores mais tradicionais e mediterrâneos. O grande desafio é oferecer este sortido “sem incremento de custo adicional pelo facto de não ser feito em casa”.

INOVAÇÃO
Um total de 83% dos consumidores estão receptivos a experimentar novos produtos e conceitos. No entanto, a grande maioria dos consumidores “não sabe o que quer, quer o que não pode e ambiciona o que não tem”. É importante criar constantemente novos produtos, mesmo que a “maioria” dos testes se revelem um “fracasso”. Há que continuar a fazer e “descobrir, entre muitos, um ou dois que funcionem”.

CONCORRÊNCIA
É cada vez mais agressiva no sector da Distribuição. A máxima é a diferenciação da oferta e conceitos. “É preciso criar antes dos outros. Algo no qual o consumidor reconheça competência e deposite confiança. Não só produtos mas também serviços”.

DEPARTMENT STORE
O futuro dos hipermercados passa, talvez, adivinha a responsável da Sonae Distribuição, por grandes lojas especializadas com sortidos vários, com lojas dentro da loja, e várias portas de acesso.


Fonte: Jornal Hipersuper. Publicado em New@This por Nuno Batista.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Portugal importa 70% do que consome

Portugal importa 70% dos alimentos que consome, o que traduz uma inversão completa do cenário anterior, em que esses 70% correspondiam à auto-suficiência alimentar do País. É a principal conclusão do 3º Colóquio Nacional de Horticultura Protegida, que decorreu nos dias 7 e 8 de Novembro no Auditório Municipal da Póvoa do Varzim, escreve o Jornal de Notícias.

Os 200 produtores, empresários e investigadores reunidos na Póvoa do Varzim concluíram pelo “falhanço da economia de mercado”, nas palavras do presidente da Associação Portuguesa de Horticultores (APH), Manuel Soares, e reclamaram regulação do mercado interno e concessão de incentivos para a competição no mercado internacional.

O funcionamento dos circuitos comerciais do sector hortícola não escapou às críticas dos oradores. O presidente da Associação de Horticultores da Póvoa do Varzim (HORPOZIM), Carlos Alberto Lino, denunciou que “quem produz é mal remunerado” e que “quem compra, compra caro”, graças a “uma cadeia que só transporta e leva as mais-valias”, acusou o responsável, citado pelo JN.
Carlos Alberto Lino defende que a concertação de todos os actores envolvidos no processo é o único caminho viável para a sobrevivência do sector.
O debate sobre as culturas de viveiro e em estufa, e visitas a explorações agrícolas e a um campo masseira, tiveram igualmente o seu lugar na ordem de trabalhos.
O 3º Colóquio Nacional de Horticultura Protegida foi organizado pela APH em colaboração com a HORPOZIM, e contou com o apoio da autarquia poveira.

Publicado em New@This por Nuno Batista.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Falta de comida afecta portugueses

A crise anda por aí. Nem a comida chega a todos...
E mais um lugar no podium para Portugal.

Cerca de 9% dos portugueses afirma não ter tido o suficiente para comer em determinadas alturas do último ano. Número que está dois pontos percentuais acima da média da Europa Ocidental, de acordo com o estudo Voice of the People, em Portugal realizado pela TNS. Destes 9%, um total de 3,7% afirma que aconteceu “frequentemente”. Desta forma, Portugal ocupa o terceiro pior lugar na Europa Ocidental.

O estudo ressalva as acentuadas diferenças regionais. Na região do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo há uma menor taxa de respostas relativamente ao indicador frequentemente, enquanto nas restantes regiões do País as respostas foram superiores, sendo que cerca de 4% têm falhas na alimentação.

De referir ainda que um total de 81,2% dos portugueses “nunca” teve falta de comida na mesa nos últimos 12 meses.

No resto da Europa, Inglaterra é o país onde mais pessoas assumem não terem pontualmente comida (15%) e a Grécia ocupa a segunda posição (13%).

Publicado em New@This por Nuno Batista.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Estudo sobre impacto da comunicação no ponto de venda

A POPAI Portugal e a GfK iniciaram uma parceria para a realização de um estudo com o objectivo de avaliar o impacto dos suportes de comunicação presentes em loja em todo o percurso do cliente, desde a entrada.

Segundo noticia o jornal Hipersuper, o objectivo é avaliar a notoriedade e eficácian e encontrar conclusões relativamente ao percurso na loja, zonas quentes e frias, tempo despendido nas principais categorias versus as compras de facto efectuadas.

Além disso, pretende-se, também, concluir sobre o tipo de compra (habitual, planeada), a árvore de decisão, a atitude face à ruptura de stock, a atitude face à promoção, a função da prateleira, a função/eficácia de zonas de exposição alternativa, p papel das marcas da distribuição, a complexidade da compra na categoria e a oportunidade de melhoria”.

Para o estudo, esta parceria pretende efectuar 1.200 entrevistas nos retalhistas na Grande Lisboa e Grande Porto e ainda noutra zona que não foi revelada. O estudo irá, também utilizar o método de eye tracking, permitindo visualizar em directo o comportamento do cliente na loja.

Vamos então esperar pelos primeiros resultados do estudo.

Publicado em New@This por Nuno Batista.